Rede Social

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Minha geração foi enganada pelos doutores

Tenho andado muito pensativa sobre as coisas que me fizeram acreditar desde sempre com relação aos cuidados com a saúde.

Sou da época em que se propagava a crença, bem arraigada, inclusive, de que misturar leite com manga levava ao óbito. Confesso que toda vez que escutava isso, dava graças a Deus por nunca ter gostado de leite. Desse mal eu não morro, refletia satisfeita.


Havia outras combinações não necessariamente alimentares que botavam medo nas meninas desavisadas: mocinha menstruada não pode lavar o cabelo: poderia desmaiar e morrer. Muitas de nós chegamos a andar com o cabelo em bloco (oleoso) naqueles tempos, rezando pra chegar o dia em que poderíamos usar o bendito shampoo. Até que chegou um dia na escola em que a “doutora palestrante” foi falar sobre coisas de mulheres para as meninas da 4ª série e nos deu um livrinho que dizia: “pode lavar a cabeça sim!”. Ufa, que alívio.

E o filtro solar? Não me lembro de médico nenhum alarmando quanto aos perigos dos raios UVA e UVB. Minha memória com relação a este aspecto registrou duas coisas que usávamos no clube: o  bronzeador Tam Tom, uma coisa avermelhada que nos causava um efeito pimentão, muito embora, aquele tom red nas bochechas me fizesse sentir sexy... Isso por volta dos 13 anos de idade...


O outro bronzeador era um tal de rayito de sol. Esse eu me lembro de apenas ver de longe nas mãos das meninas mais ricas. Acho que foi uma das primeiras vezes que escutei a palavra “importado”, sem saber muito bem que “marca” era essa... Uma amiga mais metida a saber das coisas avisou: é do estrangeiro sua burra!

Mais tarde, lembro que o ovo se transformou num vilão: se comer constantemente aumenta o colesterol. Para quem gostava muito, o aviso era: coma só a clara então. A gema, só de vez em quando...

Pois é. Dia desses fuçando no meu instagram, vi uma nutri que dizia que o ovo é o segundo alimento mais completo. Só perde para o leite materno. Ela recomendava que o consumo do ovo fosse diário e para quem quisesse perder gordura corporal (pasmei) o ideal era acrescentar logo no café da manhã todo santo dia. Daí, pensei: afinal, o ovo faz bem ou faz mal? E fiquei aqui matutando a respeito. Isso pra não falar no abacate que agora virou o queridinho da alimentação saudável... Até outro dia, era adversário de muitas artérias.

 X

Mas a sensação de que fui enganada veio mesmo com os raios solares. Durante muito tempo pregou-se que JAMAIS (com letras garrafais mesmo) podemos nos expor ao sol sem o protetor solar. Desde a época em que rayitos e tam tons deram lugar ao sundow, enfaticamente tem se disseminado orientações e instruções dos doutores de que o sol faz mal, causa câncer de pele, envelhece, etc etc etc.  Um verdadeiro veneno.

Mas como modismo pouco é bobagem, a medicina hoje tem se voltado muito para a discussão dos inúmeros problemas oriundos da falta de vitamina D no organismo. Assim, fazendo o meu check-up anual, descobri que minha taxa desta vitamina é baixíssima e, hipocondria à parte, quase tive um troço quando percebi que a minha já passou de insuficiente e chegou aos níveis da deficiência.

A sequência natural dos fatos foi começar a pesquisar sobre as formas de reposição. E os doutores disseram: não adianta apenas tomar suplemento e nem esperar que a alimentação resolva o problema. Se não TOMAR SOL TODOS OS DIAS, de preferência SEM FILTRO SOLAR, as taxas da bendita vitamina não serão repostas a contento...

A primeira conclusão: minha geração foi enganada. Segunda e derradeira: vou comer bastante ovo, abacate, e me acabar no sol que tanto gosto e de quem tanto fugi. O máximo, creio, que pode acontecer é ficar rechonchuda e bronzeada. Não ficando verde, já tá de bom tamanho...






domingo, 11 de agosto de 2013

Missão de vida: ser pai!

O “Luizo” como eu carinhosamente o chamava muitas vezes, estreou na vida no ano de 1942. (Um dia ele chegou e disparou: por que c anda me chamando de Luizo? Tá com raiva do velho e não gosta mais de chamá-lo de pai?)
Menino, lá em Viçosa, filho da dona Maria, professora respeitada. Ela não podia dar dinheiro pros cinco filhos sempre que pediam, então, o menino Izo fez uma combinação com o doutor da cidade: eu procuro sapo nos brejos pro senhor fazer suas experiências, em troca de um dinheirinho pra comprar minhas coisas, pelo menos uma vez por semana. (1ª lição que meu pai me ensinou, creio que quando eu ainda estava aprendendo a ler: trabalhe pra não depender de ninguém, mas ninguém mesmo).


Vieram pra BH pelos idos dos anos 50... ela veio antes com o Izo pra conhecerem a cidade e talvez sentirem o que seria a vida nova... Dona Maria tinha dito para o meu vô Joaquim: escuta homem, se você continuar na jogatina, vou-me embora daqui antes que você perca o resto que tem e aposte meus filhos na mesa do bar!
Não deu outra; não sei se porque ele não dera ouvidos à “ameaça” da mulher, ou se o vício falava mais forte naquela altura de sua vida... (2ª lição que meu pai, contando a história de sua mãe, me deu: os filhos são mais importantes que tudo na vida. DETALHE: isso ele me mostrou em todos os anos que convivi com ele).

Seu Aloizio e minha mãe ficaram casados uns 11 anos. No dia em que ele saiu de casa, meu mundo caiu literalmente e já neste dia, eu com meus 10 anos de idade, constatei pela primeira vez na vida: não vou conseguir viver sem meu pai perto de mim...
Mas ele, sábio, antes de pegar as malas e entrar no seu fusca, me pegou pelo braço, me encarou e disse: brega, eu nunca vou ficar longe de você; pode me esperar todo santo domingo pra gente passear ouviu bem?



Ouvi, acreditei e de certa forma, aquelas palavras acalmaram meu coração de criança... E até que eu me tornasse adulta e casada, todo santo final de semana meu pai me levou pro clube, pro parque, pra casa dos tios, dos amigos ou qualquer outro lugar que desse pra ficarmos juntos e felizes... (3ª e 4ª lições de uma vez só: seja fiel à sua palavra... se falou pra criança que vai fazer, faça! Outra: seja sempre presente na vida de seus filhos... se esta presença vai ser diária, semanal, mensal ou anual, que de fato SEJA... A presença de um pai na vida de um filho é extremamente importante... não sei o porquê e/ou como a psicologia explica, mas minha intuição ou experiência, sei lá, me diz que é fundamental pra desenvolver segurança, senso de proteção pras crianças e a certeza de que somos importantes e amados...




A 5ª lição: dê afeto, carinho e amor incondicional para seu filho!!! Esta já foi citada sem o exemplo correspondente porque eu teria que citar todos os meus 39 anos de vida que tive meu pai comigo. Não teve sequer um único momento enquanto ele viveu que não tenha havido carinho, afeto e amor demonstrados por mim. Lembro de meu pai parando a rodoviária, na frente do ônibus em que eu estava, saindo pra viajar em lua de mel, dizendo: filha eu te amo, conta comigo pra tudo em sua vida, vou estar aqui quando você chegar, você á e melhor coisa que me aconteceu nesta vida, etc etc etc e o motorista durão achando ruim daquele blá blá blá todo atrasando a partida, mas com lágrima no olho procurando quem seria a filha passageira daquele maluco...
Esses momentos eram emocionantes, mas às vezes engraçados... No dia da minha aprovação no mestrado, enquanto a orientadora lia aquela ata concluindo pela aprovação, ele chorava horrores, olhava pros lados e dizia pra quem nunca tinha visto: é minha filha!!! Também chorando, abraçou todos os componentes da banca e perguntou a cada um: o senhor sabia que ela é minha filha? Inteligente né? Pois é... rs...




A última lição que ele deixou pra mim, é difícil dizer: pelo dia de hoje e por lembrar os últimos dias em que ele esteve por aqui: viva com alegria, sempre de bom humor e acima de tudo, ame muito viver!!!

Sem dúvida nenhuma, minha maior admiração pelo meu pai veio daí: da maneira pela qual ele encarava a vida. Estava sempre de sorriso aberto, fazendo graça de tudo, imitando personagens humorísticos da TV. Ele tinha sido ator e cantor. E assim, cantando, sorrindo, representando e amando, ele sempre alegrou aos que estavam mais próximos dele. Isso foi a vida inteira... Já nas vésperas de sua partida, quando ele tinha uma pequena melhora, dizia: tá vendo, brega, eu vou ficar bom... Sabe por quê? Viver é “bãodimais”!!!
Ele dava tanto valor à alegria, que, inteligentemente, quando abria os olhos, me encarava e dizia: ahhh, seu sorriso me faz tão bem?! Obviamente, ele não me queria chorosa...

E o mais incrível e inacreditável no meu pai: quando percebeu que não continuaria mais por aqui, me olhou e disse enfático, mas com aquela carinha de satisfação que eu conhecia bem: filha, não se preocupe, Jesus vai me levar sorrindo... E assim ele se foi... lindo e todo sorriso... Isso é a cara dele.






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Paizão, só depois deste último e eterno sorriso, conheci verdadeiramente o significado da palavra saudade.... te amo desde sempre, como sempre e para sempre....e o bom é que você sabe...e eu sei que você sabe...

OBS: para os intrigados, BREGA neste contexto não tem conotação pejorativa... é abreviatura de XUMBREGA... :)


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Nota de falecimento: o cigarro morreu


Lembro-me de experimentar as primeiras tragadas por volta dos 13 anos. Eu estudava num colégio situado dentro de um parque aqui em BH. Como parte das sandices típicas desta idade, eu acreditava piamente que ficava o charme em pessoa fumando em meio aquele verde todo: não tinha como os “gatinhos da escola” não me notarem...


A adolescência passou e, assim como ela, o cigarro também se tornou coisa do passado.

Mas como parte daquelas coisas para as quais a gente não tem muita explicação, lá pelos vinte e tantos, voltei a fumar e aos poucos o cigarro adquiria importância inexplicável em minha vida. Companheiro de todas as horas, boas ou ruins, ele sempre esteve à mão quando eu precisei. Todos que já fumaram sabem: o cigarro nos transmite, mesmo que de forma ilusória talvez, uma sensação de calmaria, relaxamento e prazer que pouquíssimas coisas nesta vida são capazes de nos dar.

Mas chega um momento da vida em que a ficha tem que começar a cair... Acho até que no meu caso demorou mais que deveria. Dia desses uma aluna me contava sobre uma jovem senhora que chegou a um hospital pedindo desesperadamente aos enfermeiros e médicos que lhe dessem ar. Pouquíssimas horas depois ela faleceria após sofrer três paradas cardíacas.


Enquanto a aluna dizia que eu não fazia ideia do sofrimento da mulher que não conseguia respirar, senti um misto de constrangimento e tristeza ao lembrar os últimos dias de vida do meu pai em que ele me agarrava pela gola da camisa e exigia que eu arrumasse ar pra ele. Naquele julho de 2008 fazia um frio congelante em Belo Horizonte. E mesmo no quinto andar do hospital, com todas as janelas escancaradas ventando horrores, ele não conseguia respirar, uma vez que seu câncer de pulmão atingia estágios finais.

Assim, com certo atraso, acabo de tomar minha decisão: eliminar este vício da minha vida definitivamente. Mas como é difícil meu Deus!!! Sei que parece loucura, sobretudo aos olhos de quem nunca fumou, mas meu sentimento agora é de grande perda. A dor é emocional. Mas chega a ser física também... Para além disso, a abstinência da nicotina gera agitação, descontrole, nervosismo, tremores, náuseas, sudorese e crises de choro indescritíveis. Essa sou eu nesse momento...



Hoje é a missa de sétimo dia. Faz uma semana que enterrei o cigarro. Estou de luto... Respeite a minha dor "faz favor"... Só espero que não haja ressurreição neste caso. 
Se vou persistir e conseguir meu objetivo, ainda é cedo afirmar. Costumo ser determinada quando coloco algo na cabeça. Mas nunca é demais lembrar: só JESUS na causa...


terça-feira, 12 de junho de 2012

Coitado do Gerson


Toda vez que a discussão sobre a Lei de Gerson vem à tona em minhas aulas sobre Cidadania, me pego pensando se o ex-jogador de futebol imaginava que ao fazer aquela famosa propaganda de cigarro em 1976, a campanha alcançaria uma repercussão tão grande para além dos propósitos do vício do fumo...

Gerson foi jogador da seleção brasileira de futebol tricampeã em 1970. Como um dos poucos atletas assumidamente viciado em nicotina, ele emprestaria sua imagem para um comercial do cigarro Vila Rica, associando-o a um estilo de vida de quem é esperto e sabe o que quer da vida.


A partir da expressão proferida por ele: fumo este cigarro “porque gosto de levar vantagem em tudo”, cunhou-se a expressão Lei de Gerson que se traduz em nossa prática cultural de querer se dar bem em qualquer circunstância, legal ou ilegalmente.

É uma prática/praga arraigada, quase inata. O brasileiro é mesmo grande adepto da Lei em questão, mesmo não se dando conta, ou dando mesmo, de quanto a coloca em prática nas mínimas coisas da vida cotidiana.

Alguns nomeiam a Lei de Gerson, quase carinhosamente, de “jeitinho brasileiro”. Em nossa sociedade, alardeia-se aos quatro cantos como somos bons em soluções criativas, adaptáveis, mesmo que não sejam nada ortodoxas em seus meios.


Nem precisa fazer muita força para observar a presença desse nosso traço “cultural”. Basta olhar em volta. Fila é significativa neste sentido. Ok. Ninguém gosta de esperar por um serviço. No entanto, isso não nos dá o direito de querer furá-la para levar vantagem sobre os demais. Há poucos dias assistimos à aberração de um doutor/professor que chegou atrasado para a sessão do cinema em Brasília e, não se contentando em ter que esperar como os demais, destrinchou uma verdadeira verborragia racista sobre a atendente, a qual, corajosamente, o colocou literalmente em seu devido lugar: na ordem de chegada e na ordem da cidadania.

O Trânsito também é bastante ilustrativo a respeito da lei de Gerson. Estaciona-se em filas duplas, vagas de deficiente, avança-se sinal, na maioria das vezes em nome da pressa. Sempre ela. A mesma desculpa esfarrapada de sempre.


E o que dizer da prática de se apropriar de algo que não nos pertence, sobretudo no ambiente de trabalho? Quantas vezes ouvimos o sujeito dizer que estava “sobrando” este ou aquele objeto; daí levar pra casa não tem problema....não faz falta... Isso sem falar no hábito de se copiar de tudo: CD, livros, ideias.... a pirataria é geral.

Se fôssemos taxar quantas pessoas estudam neste país pelos índices das famosas carteirinhas de estudante (que permitem pagar meia entrada em espetáculos e eventos esportivos) estaríamos em grande vantagem mundial nos índices de escolaridade.


Mas que nada, corrupto mesmo é só o político. Falamos, criticamos e execramos a prática de nossos nobres representantes, muitas vezes sem nos darmos conta de que em nosso cotidiano a corrupção também está presente; e nas pequenas grandes coisas...

O mais intrigante nesta pequena historinha, porém, é que, caso queiramos agir corretamente dentro das normas pré-estabelecidas, somos taxados de “otários”. Vivemos, assim, uma inversão de valores: o certo virou errado e vice-versa. Temo ao pensar que ao agirmos pautados pela ética, tenhamos que nos esconder para não virarmos chacota no grupo social em que estamos inseridos. Triste realidade. Muito embora, uma grande verdade!


terça-feira, 24 de abril de 2012

A futilidade online e instantânea



Qual o papel das redes sociais nos dias de hoje? Poderíamos pensar em inúmeras coisas: informação, compartilhamento de idéias e teorias, disseminação de correntes, mercado do compra e vende, auto-ajuda, futilidades, dentre outros.


A chamada primavera árabe, como ficara conhecida uma espécie de onda revolucionária que contribuiu para agitar, despertar e abalar regimes repressores e/ou derrubar ditadores em alguns países, foi fruto, em parte, da divulgação e disseminação de idéias pelo twitter, facebook e outros mecanismos via web.


Também e não menos importante, vimos presenciando  uma espécie de  onda crescente no caminho de uma certa conscientização política deflagrada em compartilhamentos de escândalos de corrupção, votação de salários dos detentores de mandatos públicos, desvios de verbas e outras coisitas características do mundo de nossos nobres representantes políticos.

Aqui em BH, acredita-se, o papel das redes foi de suma importância para que nossos vereadores recuassem na votação do aumento de pouco mais de 60% ao salário próprio para a próxima legislatura. Neste sentido, o prefeito Márcio Lacerda, de olho na reeleição e consciente da mobilização “internética” também teria vetado o aumento proposto pelo Legislativo Municipal. É o que dizem por aí...


Questões polêmicas, como a votação do Supremo sobre o direito ao aborto de anencéfalos também ganharam destaque nas redes nas últimas semanas. Viu-se de tudo em torno do assunto: campanha e mobilização religiosa; manifestações em torno dos direitos da mulher; compartilhamento da frase “meu útero não pertence ao Estado”, dentre outros. Contras ou a favor, o grande ganho, a meu ver, foi a discussão em torno de algo que valha a pena a menção, visto que diz respeito a assuntos relevantes para a sociedade onde todos estamos inseridos.

Numa outra linha, porém, o que mais salta aos olhos do menor observador que seja é a quantidade de bobagens que insistem cotidianamente em encher a nossa  timeline. Vai do mais simples vou ali almoçar e já volto, passando pelas reclamações em torno do clima, do dia da semana (entrar na rede nas segundas feiras beira o martírio), é o sujeito que comunica a todos que se ausentará por x tempo porque vai tomar banho, até aqueles que chamam a nossa atenção para um assunto dos “mais interessantes” (argh), como por exemplo, o tão badalado assunto de hoje: o da mulher que ficou careca num programa supostamente de humor e seu sofrimento diante do fato. Que dó!


Sejamos honestos: todos nós temos, tivemos ou teremos nosso momento futilidade. Também imagino que o que é fútil para um, não necessariamente o é para outro. Mas cá pra nós, um sujeito já adulto que nunca se propõe a discussões relevantes é duro de engolir. Tudo bem. Há soluções práticas: bloqueamos o indivíduo ou damos unfollow para que aquele festival de besteirol diário não venha despertar em nós aquela preguiça ou má vontade adormecidas. Mas o sujeito quando é chato e sem um pingo de noção mesmo, ainda questiona porque você sumiu e não comenta mais as suas publicações.


Nesses casos só há duas soluções: ou se coloca em prática a paciência também decantada nas redes em forma de versinhos de auto-ajuda, ou se desliga o computador, desiste da internet e volta a se informar apenas através dos velhos e bons jornais. Neste caso, não haverá tanta instantaneidade no processo de tomar contato com os fatos e acontecimentos. Mas também não surgirá tão rapidamente a sensação de que a fonte da paciência se esgotou.

Por fim, há que se considerar que estas palavras de desabafo que acabo de despejar aqui também possam entrar na categoria futilidades. Pode ser. Mas citando Carl Jung, "tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são." E isso por óbvio também se aplica a mim...





terça-feira, 20 de março de 2012

A pessoa mais importante de minha vida


Para Fernanda Paes:


Eu a trouxe ao mundo há exatos 23 anos.
A princípio, o nome escolhido para a filhota seria Thaís. Mas que nada. Este nome definitivamente não combinava com aquela criança de quase 4kg que chorava e gritava no berçário não deixando os outros bebês em paz. Ela queria ficar junto de mim. A enfermeira a trazia para o quarto e ela mais lembrava um anjo: serena e tranqüila. Nem parecia aquela garota que quase derrubava as outras do berço. Lembrei da pastora que eu havia conhecido no passado, que, colocando a mão no meu ventre disse: você vai ganhar um presente de Deus e será um anjo que vai cuidar de você...

Olhando para aquela personalidade toda que acabara de chegar mostrando ao mundo a que veio eu pensei: Fernanda combina mais com ela. Na acepção da palavra: mulher alta de personalidade forte. Não deu outra.

Escolhi a data para ela nascer. Foi cesariana programada. O médico tinha anunciado: ela pode nascer a partir do dia 20 de março. Então é neste dia que ela virá, intuí.

Intuitivamente ou não, ela chegou junto com o outono. Estação que tem as noites mais longas que os dias. Sim, ela é noturna. Também tem mudanças bruscas de temperatura: vai do frio ao quente em questão de segundos e vice versa. E a oscilação rápida de humor é mesmo uma de suas marcas características. Por outro lado, é no outono que se realizam as grandes colheitas. E é também na Fernanda que colho a força e a vitalidade que preciso para meu alimento diário de vida. É ela quem inspira e traz a luz, a paz e a energia necessárias para minha produção de motivação. O tal do amor incondicional do qual eu há muito escutava falar, também foi ela que me apresentou.

O cartão de sua festinha de um aninho dizia:
“Que linda, venham vê-la a sorrir quase a falar. Faz um ano que esta estrela ilumina nosso lar”.
Seu cartão de festinha hoje seria:
“Que linda, venham vê-la a sorrir sempre a falar. Faz 23 anos que esta estrela não para de brilhar”.



E vai brilhar muito ainda em nossas vidas Fê. Você encanta a todos que estão à sua volta. Irradia energia e emana alegria. Como você é necessária filha! Parabéns e muita felicidade em sua vida. Que Deus continue lhe abençoando para que também possamos ser abençoados através de você. Continue encantadora exatamente assim!!! Amo muito você...

Mamis.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ao terceiro ano de 2011: CFO

Então, já que vcs estão de partida para uma nova vida, peço-lhes permissão para externar minhas observações acerca de meus meninos...hihihi


Espero que ao longo de suas vidas pessoais, profissionais e familiares, vocês levem aquilo que, creio eu, são as grandes virtudes de cada um:


Ana Luiza: a meiguice e fala mansa em pessoa..


Bárbara: deixe sempre aflorar essa sua emoção que contagia...


Débora: compromisso e inteligência te definem. Use-as, sobretudo, a favor do próximo...


Gabriel: que essa sua descontração com suavidade leve paz por onde vc passar...


Hector JAMES: continue transmitindo segurança e firmeza para os que estão à sua volta...


Isaac "Stern": que vc nunca perca esse seu jeito acolhedor que nos faz sentir em casa...


Larissa: perpetue sempre esse seu olhar que nos motiva e extrai o nosso melhor (genética explica)...


Mariana: que este sorriso doce se perpetue e continue tranquilizando os que te rodeiam...


Naiara: Leve seu carinho e mansidão sempre contigo. Eles te tornam ímpar...


Rafael FILGUEIRAS: vc tornará muitos amigos felizes com este seu jeitinho especial em ajudar e servir quem de vc precisa...


Renatinho: sem dúvida, aqueles que te cercam estarão sempre serenos com este seu sorriso fácil e encantador...


Thaís: ser bem agradecida é virtude para poucos. Continue demonstrando gratidão aos que te cercam porque vc mobilizará muitas pessoas a ajudarem ao próximo...


João Paulo: silêncio e nobreza de gestos. Mas acredito que vc tem muito a dizer ao mundo...


Beijo a todos. Saudade já....
"Tia Sisi".